"O silêncio das ruas"

O jornal O Estado de S. Paulo é, de longa data,o meu preferido. Gosto da diagramação, dos editoriais e de seus colunistas. Ele é meu companheiro no café da manhã. É por ele, essencialmente, mas não só, que me oriento política e culturalmente em pequenas, porém substanciais, doses diárias. Quando criança eu me deliciava com os enormes cartazes dos filmes que ali eram postados como um chamariz para a lotação dos cinemas; hoje, me seduz o nível de expressão e de conteúdo de seus textos.
Por isso, às vezes, ganho coragem e redijo algum comentário sobre a nossa "nobre política" e o envio para o "Fórum dos Leitores" desse importante jornal e felizmente, também às vezes, esses pequenos textos são publicados na edição impressa ou virtual, o que alegra o meu dia.
Hoje, 03/07, pela manhã, ao abrir o Estadão, me deparei com a publicação do meu comentário que transcrevo a seguir:

O silêncio das ruas

Por se tratar de uma greve geral contra o presidente Michel Temer e contra as necessárias reformas propostas por ele, em especial a trabalhista, não se viu o que o PT e os sindicalistas esperavam ao promovê-la para o último dia 30. Motivados por pesquisas sobre as próximas eleições, que não se sabe se isentas de interferências partidárias, e alucinados por invalidar os esforços do governo atual, ou seja, enfraquecer Temer para revitalizar as ideias petistas e tentar trazer Lula de volta em 2018, tudo fizeram aos gritos de "fora Temer" e "não às propostas" deste governo. Contudo as pessoas de bem, sem compromisso com esse partido e mais esclarecidas politicamente não fizeram coro com os "vermelhinhos", pois sabem diferenciar o que querem eles do que precisamos nós, brasileiros. Assim, seus gritos nas ruas não conseguiram sobrepor-se ao silêncio dos que em casa nem se interessaram, desta vez, pelas imagens tão gastas, tão recorrentes e tão tendenciosas, em especial da mídia mais badalada do país.

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