Os jogos de guerra da política


A política é o espaço onde as forças contrárias se utilizam das ferramentas mais sórdidas para derrotar ou, pelo menos, enfraquecer o inimigo. E isso se confirma a cada dia.

Hoje, 30/04/2016, uma nota bem discreta na pág. A12 do jornal O Estado de S. Paulo afirma que o ex-Presidente da República Fernando Henrique Cardoso fora depor, ontem, à Polícia Federal sobre o caso da remessa ilegal de dinheiro para a jornalista Mirian Dutra ( uma relação extraconjugal) e seu filho Tomás Dutra, negando a acusação da jornalista, conforme seu advogado.

Verdade ou não, é um problema a ser solucionado pela PF. O que surpreende é saber também que Mirian Dutra, após a entrevista à Folha de S. Paulo em fevereiro, acusando FHC de um crime, agora no início deste mês, mas diante da Polícia Federal, negou tudo. O que houve com essa senhora? Não sabe o que diz ou foi paga para assim agir para denegrir a imagem do ex-Presidente?

Essa notícia me fez recordar o texto que em 23/02/16 enviei ao Fórum dos Leitores do Estadão e ali foi publicado, alertando para a possibilidade de Mirian estar agora a serviço dos opositores de FHC, o que parece confirmar as minhas suspeitas quando da denúncia, em fevereiro, da jornalista que dela se pode dizer: mercenária.

Vejamos o texto:

“Traição Premiada

O Sr. Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, veio a público por meio da TV informar que investigará o caso FHC quanto às declarações da jornalista Mirian Dutra de que o ex-Presidente lhe enviou dinheiro à Europa por meio da empresa Brasif. Que bom, Sr. Ministro! É bom investigar tudo, tudo mesmo, inclusive quem pagou, e quanto, pela ‘delação premiada’ da jornalista que, só agora, depois de tantos anos e de todas as benesses que ela e seu filho receberam do estadista, optou por dar entrevistas e delatar fatos tão antigos. Será que aí não tem as digitais das patinhas de Lula e do PT, não?”

Acho que acertei na mosca.

A hora é agora


Está de volta a Presidente Dilma.

Cumpriu apenas uma parte de suas ameaças de que iria denunciar, em seu discurso na ONU, o golpe em curso no Brasil para tirá-la do poder. Não o fez durante o evento na ONU, porque certamente a alertaram sobre a inadequação dessa fala naquele espaço, mas não deixou de fazê-lo nas entrevistas concedidas aos jornalistas de NY.

Golpe esse no mínimo estranho, segundo texto de Eliane Cantanhêde, jornalista do jornal O Estado de S. Paulo, em sua crônica nesta última semana, afirmando que a Presidente viajara para o exterior, deixando o Vice “golpista” em seu lugar e o mesmo lhe devolverá o poder quando retornar, enquanto aguarda dentro das leis vigentes o resultado do processo de impeachment.

Onde está o golpe? Apenas na mente dos petistas e daqueles a quem interessa a continuidade da desconstrução econômica, política e moral em que se encontra o nosso país.

Golpe, pela minha ótica, é querer novas eleições sob a alegação de que Michel Temer não tem condições morais (O PT falando em Moral?!!) de governar o país, sendo que pela nossa Constituição é o Vice quem assume a vaga em caso de impeachment do Presidente da República, no caso Dilma Roussef. E no momento, me parece, ninguém melhor para fazê-lo do que Temer, cujo histórico político e os contatos dos últimos dias, com figuras relevantes do cenário nacional, comprovam a sua competência para reunir os cacos em que se transformou a nação brasileira após a devassa promovida por Lula, Dilma e os "cumpanheiros"

Assim, apesar do “mi mi mi” dos governistas, a carruagem segue seu rumo e o país, em sua maioria, agradece.

Uma data singular


Será hoje o Dia D para a política em nosso país? Espero que sim.

Como aconteceu na 2ª. Guerra Mundial, poderemos hoje vencer o inimigo que nos últimos anos vem destruindo a nossa dignidade como país, e como seres pensantes capazes de discernir entre o certo e o errado. Ou será que seremos vencidos pelos votos daqueles que defendem o mandato de Dilma e desejam a continuidade de “tudo isso que está aí”, após vender a alma ao exu de Garanhuns, por muito mais que 30 moedas bíblicas?

Se isto ocorrer, será muito mais triste do que foi perder de 7X1 para a Alemanha, em 2014.

Penso, porém, que a data de hoje, 17 de abril, poderá se tornar para o nosso país um novo marco. O dia em que o país se livrou do jugo do PT, da “mulher sapiens” Dilma, e principalmente do farsante-mor Lula. Sem esse time, com suas jogadas diabólicas para se manter infinitamente no poder, teremos, certamente, um recomeço. Difícil, sim, mas um recomeço pleno de esperança por ações mais efetivas daqueles que, com competência política e administrativa, poderão mudar o rumo do país e, consequentemente, propiciar num futuro próximo, ainda que não imediato, dias melhores do que os que vivenciamos hoje.

A votação já está em curso na Câmara dos Deputados e daqui a algumas horas ela chegará a seu término. Não posso prever com exatidão o seu resultado porque serão necessários mais de dois terços dos votos para se chegar à vitória. E os seres humanos são, muitas vezes, imprevisíveis. Contudo, há a possibilidade, a esperança, o desejo, de que esta primeira e mais importante fase saia vencedora, pois sem ela não teremos a continuidade do processo.

Assim, neste domingo de sol intenso e dia claro, fui à Av. Paulista e me deparei com o verde e o amarelo predominando nas vestes das pessoas que por ali transitavam felizes, porque prenunciavam a vitória do Sim para o impeachment, e muitas ostentavam orgulhosas, como eu, a Bandeira do Brasil. Gente educada, polida, que apenas exercia em gestos quase silentes o seu direito de simbolicamente se manifestar. Uma bela imagem para se eternizar na memória.

Agora, longe do vaivém das pessoas na avenida, e no conforto de casa, da família e de Baby (meu cão que não é de esquerda, mas pode sim ser chamado de companheiro), acompanho pela TV o voto proferido pelos deputados que decidirá o nosso futuro e o das novas gerações. O meu desejo é que o SIM ultrapasse o NÃO para que voltemos a sonhar como em tempos idos. Para que possamos nos livrar deste engodo que foi a ascensão do PT ao posto mais elevado do país. Para que possamos ver ainda, quem sabe, o Sr. Lula e Da. Dilma a caminho de Curitiba para um cafezinho com o Juiz Sérgio Moro.