O “day after”


Opiniões, discussões, medos e esperanças marcaram os últimos meses que antecederam as eleições do segundo turno em nosso país. Dilma e Aécio eram os objetos de análise de jovens e velhos quanto à postura e à lisura, ou não, de cada um deles. A competência versus a incompetência para alguns; a continuidade ou não das “bolsas tudo” para outros. A mudança ou a mesmice? O progresso ou o retrocesso?

Venceram a falta de lisura, a incompetência, a mesmice, o retrocesso e a agressividade gratuita, marca do governo do PT. Fazer o quê se a população inculta é maioria e alguns intelectuais transformaram-se em militantes do partido, pouco importando-se eles se os líderes desse partido assaltam os cofres públicos, dão cobertura aos crimes cometidos pelos companheiros, perseguem e desmoralizam os opositores e buscam implantar a censura a todo custo. Que intelectuais são estes, me pergunto?

São apenas, me parece, seguidores de uma ideologia que já mostrou à exaustão a sua caminhada em direção contrária à democracia, à liberdade de ação e expressão, e à dignidade dos indivíduos. George Orwell em suas obras, tão conhecidas, 1984 e A revolução dos bichos nos alertou para o perigo desses sistemas autoritários e desumanos. E são, hoje, esses intelectuais-militantes que, quando se sentem pressionados pela falta de argumentos capazes de inocentar os atos petistas simplesmente afirmam: “Todos somos passíveis de erros”.

Erros?! Ora, ora, sabemos que o homem pode cometer equívocos em sua trajetória de vida, mas roubar (e deixar roubar) continuamente milhões e milhões do erário público e das empresas estatais, dinheiro dos impostos pagos por uma população que se esfalfa no trabalho e não se vê respeitada por isso, não pode ser classificado como erro e, sim, como crime e crime gravíssimo. Mas a cúpula do partido que nos governa faz desaparecer as provas e, então, são todos considerados inocentes porque nestes últimos 12 anos os presidentes Lula e Dilma nunca viram nada, nunca souberam de nada.

Agora, a disputa ferrenha para se manter no poder chegou ao fim com a vitória não do mais competente, não do melhor candidato, mas da candidata mais forte, protegida pela vultosa quantia gasta em sua campanha, e por meio de ligações e mensagens pelo celular àqueles que pelo pouco saber se deixaram ainda iludir pelas mentiras em relação ao seu oponente: “Não vote em Aécio porque ele vai acabar com o bolsa-família”. Estratégia que revela o mau-caratismo do partido do PT e de sua candidata. E é interessante lembrar que o STE também não soube de nada, não puniu a candidata, assim como Dona Dilma nada sabe sobre a Petrobrás e outros escândalos detectados em sua gestão.

Hoje, sentindo-se vitoriosa, ela volta, e seguindo os passos de seu padrinho e mentor, com o mesmo discurso hipócrita da reconciliação com o lema “paz e amor”, com o desejo de diálogo com toda a população e com todos os partidos. Isso, após atacar a classe média e as elites do país, como se criminosos fossem, dividindo o país entre pobres e ricos, entre nós e eles, entre o Norte e o Sul, colocando em prática, portanto aquilo que pregara antes, ou seja, “Em campanha eleitoral se faz o diabo”. E como ela fez o diabo! Como soube transformar a vida de seus oponentes num inferno! É só se lembrar de seus ataques a Marina e a Aécio.

E se Dona Dilma quer esquecer agora o que afirmou anteriormente, nós, a população, que sofremos as consequências de seus atos, não esqueceremos tão cedo a sua indigna postura. Dilma ganhou as eleições, mas sabe ela que não conquistou a população e se antes não a víamos com simpatia, esse sentimento se intensificou ainda mais e só deixará de existir, penso eu, quando a virmos pelas costas deixando o Palácio da Alvorada.


Uma escolha lógica


Há momentos em que a nossa escolha é pendular. Ora isto. Ora aquilo. Cecília Meirelles já nos alertara para a dúvida que nos angustia em determinados momentos em que somos obrigados a optar por coisas díspares ou similares, objetivas ou subjetivas, mas que exigem de nós uma rápida tomada de decisão, e nem sempre é fácil definir com clareza qual é mesmo o nosso objeto de desejo.

Agora, porém, o quadro que se vislumbra é outro. A disputa eleitoral que se encerra neste 26 de outubro, com Dilma e Aécio, não oferece obstáculos à nossa escolha. Ou se deseja a mudança para um futuro melhor e mais digno para o país e, consequentemente, para todos os brasileiros de todas as classes sociais, representada pelo competente candidato Aécio Neves, ou se mantém a sociedade refém de um partido que hipocritamente privilegiou a classe de banqueiros e empresários, enquanto fingia apoiar os pobres, dando a estes a ilusão de uma ascensão social com discursos paternalistas e a famigerada bolsa família, representada pela candidata e presidente petista Dilma Rousseff.

Assim, podemos classificar a posição de Aécio como o provedor das mudanças e do progresso, e da manutenção da democracia no Brasil com a alternância do poder; e a posição de Dilma como a mantenedora do status quo, ou seja, da posição em declínio da nossa economia, da perda da nossa credibilidade no exterior, e dos contínuos ataques a “res publica”, sendo a Petrobrás a bola da vez, mas outras mais virão certamente porque o PT tem-se mostrado insaciável no quesito “money for us”; nós, os petistas, é claro.

Por isso, para buscar um futuro promissor para nossos jovens, e emprego para os pais que hoje arcam com as despesas desses garotos ainda em formação, é necessário ir às urnas no próximo dia 26 consciente de que do nosso voto depende a conquista de um amanhã seguro, de uma vida de plena liberdade, bem diferente dos governos comunistas e, portanto, autoritários (amigos todos eles de Lula, Dilma e do PT) e que subjugam os jovens à sua ideologia marxista e retrógrada, cujo exemplo bem atual são os estudantes nas ruas de Hong Kong, arriscando a vida na luta por liberdade de expressão e por democracia, cansados que estão de serem impedidos de pensar e agir livremente na busca de seus sonhos.

Por isso, apenas por isso, o meu voto é pela democracia. Então, o meu candidato é Aécio Neves. E você o que deseja: democracia ou....?