Sinestesias


 

Quero olhos de ver e de sentir

de acariciar

Quero falas que tenham sabor de saudade

de instantes

Quero mãos que mapeiem as distâncias

com leveza

Quero ouvidos que recolham os sons

com ternura

Quero um cálido refúgio de aconchego

Entrelaçando sonhos, sussurros e silêncios.

8 comentários:

  1. Quero olhos de ver uma realidade diferente... e achei um texto lindo de ler... o seu! Como acalenta a alma, Neiva, ler seus posts...
    Um beijo em seu coração.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Grata, fofinha! É um privilégio ter em meu blog comentários tão delicados como os seus. Bjs

      Excluir
  2. Neiva, excelente poema. Gostei muito. Abraço, jb

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vindo de você, Joaquim, o poeta de Cataguases e meu amigo de longa data, a alegria se intensificou. O meu abraço.

      Excluir
  3. Quero não parar de ler Sinestesias e que encurte a distância entre a poesia e prosa da Neiva. Adorei, fico na expectativa da próxima. Bjs.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Em um mundo de turbulências contínuas é preciso, às vezes, o abrigo na poesia, na música, nas artes que nos encantam, para amenizar a travessia.Bjs

      Excluir
    2. O poema transporta-nos para o lado positivo da vida. Os sentidos, tão bem explorados, aproxima-nos da essencialidade perene e divina da existência e afasta-nos, por alguns momentos, da efêmera realidade cruel. Beijos

      Excluir
    3. Falo do essencial, sim, Anna. E vejo na ternura das relações o que mais dá sentido à experiência do existir. E quantas foram as vezes que, no intervalo do almoço e da correção de redações na Fundação Carlos Chagas, falamos sobre a mágoa com que essa ausência nos marca, em especial no espaço familiar.

      Excluir