"Fórum dos Leitores" do Estadão

Não é de hoje que meu veículo de informação favorito é o Jornal O Estado de S. Paulo. Desde criança eu o aguardava com ansiedade, não pelas notícias, editoriais e análises que hoje alimentam o meu intelecto, mas pela divulgação dos imensos e coloridos "anúncios" (assim denominados à época),  publicitários dos filmes em cartaz nos cinemas de São Paulo. Aquilo me fascinava, me transportava para um outro espaço: o da imaginação desmedida. Isso talvez tenha sido também o que me impulsionou depois a me apaixonar pela literatura porque sempre me pareceu que palavra e imagem são indissociáveis.

Hoje, essa hiperbólica exposição imagética dos filmes da semana, não existe mais, foi substituída por um outro formato, mais modesto, Contudo, a qualidade desse informativo impresso ou digital permanece.

Uma das seções que tem acatado as minhas opiniões é o "Fórum dos Leitores" que em geral as publica quando decido enviar algum texto. Sou muito grata  ao Estadão por isso. E para os que não têm acesso a essa mídia, reescrevo abaixo e na íntegra o texto que ali foi publicado, hoje, 10/09/18, sob o título "Muitas dúvidas".

Muitas dúvidas 

Em meio à turbulência destes últimos dias, com a agressão quase letal sofrida pelo candidato à Presidência da República Jair Messias Bolsonaro, tivemos pronunciamentos os mais diversos sobre a quem atribuir a responsabilidade do ocorrido. Há muitas dúvidas. Contudo, se bem observado, percebe-se que esse radicalismo político que já separou amigos e até mesmo familiares surgiu com a postura leviana e inadequada do ex-presidente Lula da Silva e seus companheiros, que continuamente desafiaram e continuam a desafiar todos aqueles que com eles não concordam, incluídos os magistrados que os condenaram por atos praticados durante o seu governo, alegando "perseguição política". Para eles, a lei deve se sujeitar aos seus desígnios, e não à Constituição federal. E o que tem corroborado essa postura é a atitude, igualmente inaceitável, de alguns integrantes  da mais alta Corte do nosso poder judiciário que vêm demonstrando, sem subterfúgios, a sua preferência ideológica no momento de tomada de decisões, que deveriam ser apenas justas, e não partidárias. Não seriam esses desvios de comportamento que, possivelmente, confundem os eleitores, agridem as pessoas de bem e levam a atitudes irracionais, como se viu neste 6 de setembro, quando o candidato mais bem colocado nas pesquisas de intenção de voto, sendo carregado em plena rua por seus admiradores, foi atacado, estranhamente, por alguém que simplesmente buscou alijá-lo da competição? Outra dúvida: é ou não um luxo um "auxiliar de pedreiro desempregado" ter mais de um advogado de defesa, segundo o noticiário? É tudo tão estranho...

Neiva Pitta Kadota
npkadota@terra.com.br 

4 comentários:

  1. VERDADES indubitáveis, clareza no fluir do raciocínio na interpretação dos fatos e dados que nos rodeiam neste ano muito difícil. Espero que tenham eco e a correção de RUMOS se concretize. Mas, "no meu caminho tinha uma pedra, uma pedra no meu caminho...", eterno Drummond e Humberto Eco alerta "Nem todas as verdades são para todos os ouvidos". A esperança nunca morre. Bjs.

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  2. A nossa pedra se avolumou de tal forma, nestes últimos anos, que receio não mais podermos carregá-la. Por isso, o meu receio maior é que os demolidores de plantão acionem os seus mecanismos mais fortes, ou seja, a palavra abjeta na transmissão da verdade invertida, para atingir e seduzir os mais fracos. E estes são maioria, em especial no Nordeste do país.
    Obrigada pelo apoio, Graça. Bjs

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  3. Espero que o Rambo apareça e a Máquina Mortífera seja vencida e que tenha audiência maior que a bilheteria dos dois juntos.

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  4. Que os anjos digam Amém. E que esse cenário fílmico se concretize em Brasília em 2019.

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