Gaivotas


Em meus olhos de insônia
se vê
um longo e profundo oceano
com inquietas ondas escuras.

Mas pelo que esperam eles,
tão tristes?
Pelo regresso das gaivotas
Que num dia de sol vibrante
Partiram em ruidoso voo.

Depois, distraídas me parece
se perderam
se esqueceram
Na volúpia dos novos festins.

Mas um artista se insurge
Nessa tela tão sem luz
E com cores mais vivas resgata
Num céu de límpido azul
as fugitivas gaivotas
Rodopiando...Rodopiando...
Ao alcance dos olhos meus.

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