Novos cursos nas universidades?




"Seriedade no ensino

Muito se tem falado sobre a penúria das escolas brasileiras e das acentuadas lacunas do saber ali ministrado e, consequentemente, da necessidade de uma efetiva mobilização na busca de um salto qualitativo no ensino do país. É, sem dúvida, um grave problema a ser enfrentado com seriedade pelos governantes, pelas escolas públicas e privadas de todos os níveis, e que deveria ser incentivado por toda a sociedade. Sem essa postura, buscando elevar o nível de conhecimento de crianças e jovens para torná-los aptos a desenvolver as aptidões que deles serão cobradas neste século, já denominado pós-digital, o país não sairá da classificação negativa em que se colocou nestes últimos anos, e que terá continuidade se as universidades priorizarem cursos sem nenhuma relevância em detrimento do que é essencial. Contudo, o tempo não espera. As escolas precisam ser ágeis e implantar projetos que incentivem os estudantes a estudar com afinco, a se interessar por leituras e pelo conhecimento científico, e disso se orgulhar. Assim pensam e agem os estudantes dos países mais evoluídos. E os nossos, como serão eles amanhã?"


Este foi um texto que acabei de redigir e enviei para o "Fórum dos Leitores", do jornal O Estado de S. Paulo. Será publicado no domingo? Não sei, mas gostaria.

Gostaria que lessem o que penso sobre o que é essencial na Educação e não essa bobagem de cunho ideológico que a esquerda quer impor, agora, aos jovens que, depois de tanto esforço, conseguem uma vaga em uma universidade pública, pensando em ali adquirir o conhecimento necessário para enfrentar as dificuldades que este mundo, que se transforma velozmente, vai exigir deles após a conclusão do curso. Esses jovens vão plenos de sonhos, certos de que  as portas se abrirão a eles pelo saber conquistado nesses centros de saber, o que os diferenciará dos demais.

Não sabem eles, porém, que a esquerda vem dominando esses espaços já há algum tempo e eles hoje não são os mesmos que os seus pais frequentaram no passado. Tudo mudou. E não foi para melhor. Só o fato de desejarem criar um curso que tenha como base o impeachment ou o  "golpe", como é repetido pelos defensores da ex-Presidente Dilma, já podemos visualizar o atual panorama em que serão inseridos esses estudantes, e a dúvida em relação ao conhecimento que ali poderão acumular e que determinará o futuro pessoal e profissional de cada um.

Não fui muito explícita em meu texto, para o jornal, por ser o fato bastante conhecido do público, mas deixei claro que o importante é não se perder tempo com frivolidades e remodelar o ensino com o que é realmente essencial ao desenvolvimento intelectual dos nossos jovens. É disso apenas que precisamos hoje, me parece.

4 comentários:

  1. Oportuno e assino sem tirar nem pôr uma vírgula sequer. Os recursos são escassos e temos que focar face à vastidão do conhecimento,o básico/elementar tem que ser sólido e bem dominado, depois cada ser humano trilha os mares que quer navegar e até dar novos mundos ao Mundo do conhecimento.
    Dói, quando estou no balcão de um caixa e vejo adolescentes usarem os recursos do celular e não são capazes de contar as moedas...

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  2. Concordo com você, Graça. Muitos jovens, hoje, que têm o mundo na palma das mãos e que circulam velozmente por esse mundo digital, não conhecem o mundo real, em que vivem, nem os significados da língua que usam. Por isso, o desastre cada vez maior na comunicação verbal. Estou feliz, hoje. O Estadão publicou meu texto no Fórum dos Leitores mudando apenas o título para "Como será o amanhã?" Achei ótimo. Ficou bem melhor.

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  3. Texto preciso, de quem conhece a fundo a questão do ensino em nosso país. Parabéns!

    Elenice Rampazzo

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  4. Obrigada, Elenice. Ambas conhecemos o problema bem de perto e sabemos que esse não é o caminho para se atingir um avanço na Educação e, sim, um retrocesso. O meu abraço com muito carinho.

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