Estranha exposição

Recebi de um amigo um vídeo, filmado no Plenário, em que o senador Magno Malta, indignado, faz uma crítica ao Banco Santander por ceder seu espaço a uma vergonhosa exposição a "Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira" , cujos "artistas", autores das obras, diziam ser dirigida às crianças de escolas públicas e privadas, ou seja, um projeto educativo.

Educativo? Santo Deus! O que é aquilo?

Quem viu as imagens sabe do que estou falando. É uma agressão às crianças.  É pornografia e pedofilia puras. É zoofilia da pior espécie. Não é amor pelos animais, mas sim abuso repugnante. É também desrespeito às imagens sagradas. É uma lição de tudo o que é mais negativo na mente e no comportamento humano e, segundo a artista Adriana Varejão, o objetivo é  "jogar luz sobre coisas que muitas vezes existem escondidas". Jogar luz? Que distorção é essa? Jogar luz é abrir a mente para um conhecimento superior e não despertar a mente para uma sexualidade precoce e pervertida.

O objetivo a mim parece ser mais  uma tentativa de deformar a mentalidade infantil, que teve início com o projeto (fracassado me parece) da questão de gênero nas escolas, ao afirmarem que a criança não nasce homem nem mulher, a sociedade é que  as torna homens e mulheres, portanto gênero é uma questão cultural. Como assim? Que eu saiba não é isso o que diz a Ciência.

Bem, se o objetivo desse grupo, responsável pela exposição, era defender a liberdade sexual ou a libertinagem, ou sei lá o quê, que o façam em espaços mais apropriados e deixem as crianças em paz. Deixem que elas curtam a sua infância (que é tão curta hoje!), de forma saudável e feliz, e aprendam a amar e respeitar os bichinhos, como companheiros que, como elas mesmas, não devem nunca ser maltratados ou molestados em sua brincadeiras.

E pensar que para isso, a estranha Lei Rouanet tenha colaborado com 800 mil reais!

4 comentários:

  1. Sou do tempo que a familia em parceria com a educação escolar, nos ensinavam a respeitar pra ser respeitado. Sou do tempo de brincar com as amiguinhas, amiguinhos de comadre, fazendo bolos de areia ou barro confeitados com flores das cercas de casa, pra comemorar o aniversário das bonecas. Eu sempre soube que era uma menina. Meus órgãos genitais mostravam isso, era diferentes dos priminhos dos irmãos e até dos amiguinhos. Fica difícil pra mim entender nos dias de hoje essa coisa de gênero e concluo dizendo que não passa de promiscuição dessa canalhada da esquerda pra destruir os princípios da família, o respeito mútuo e o amor acima de tudo.

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  2. Obrigada por seu comentário, Ileus, em especial pelo momento em que vivemos em que ser contra o que a mídia coloca como certo, é atrair ofensas dos que com ela concordam, principalmente os artistas. Eu também adoro arte, mas arte para crianças, para mim, é outra coisa. Tudo tem seu tempo. Obrigada mais uma vez e seja bem-vinda ao meu blog.

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  3. Minha amiga gostas de polemizar e provocar a turma. Tens razão, só o diálogo e debate trará luz sobre os valores éticos, morais e sociais que queremos para o mundo em que vivemos e que queremos deixar para futuras gerações e que simbolizam a nossa cultura.
    Com o 25 de abril, em Portugal, a dita Revolução dos Cravos (25 de abril de 1974) que teve como foco derrubar o poder politico estendeu-se para o ambiente familiar e social. Assim passamos a ter em casas de família tradicionais jovens comunistas, desafiando o poder pátrio, rebeldia própria da adolescência, e criando um clima pesado até nas horas de refeições. Os pais se sentiam constrangidos de sair à rua com os filhos pois as bancas de jornais e revistas expunham as páginas centrais das revistas eróticas. Aqueles que saíam com os filhos passavam o tempo a fintar as bancas: desviando os olhares, atravessando a rua e por aí fora. E, não era desviar da revista Plaboy, essa perante todas as outras só retratava nus artísticos que eram fotografias elevadas ao conceito de arte.
    A pornografia passou a ser exposta publicamente, quer fosse entre seres humanos de todos os gêneros ou englobando animais, deixando os interiores das bancas para escancararem a olhos vistos. Tivemos um período em que a liberdade obtida com o 25 de abril foi sinónimo de libertinagem. A poeira assentou e a sociedade definiu os seus valores de liberdade e para onde não queria ir.
    Até na publicação das obras de pintores consagrados, lembro por exemplo Picasso, o tema erotismo é objeto de livro diferenciado. O mesmo se passa com poetas que abordam também essa temática. Na vida real, numa das sociedades mais evoluídas do mundo, caso da Holanda, a prostituição tem ambientes próprios, só vai quem quer. Os nudistas e naturalistas têm ambientes/ locais devidamente assinalados. Existem famílias em que os pais tomam banho com os filhos, claro que no ambiente reservado de suas casas.
    Por último e, não esgotando o assunto, não posso deixar de citar uma situação vivida por mim. Na minha juventude e adolescência, em Angola/África, questionava os adultos sobre determinados (pre)conceitos:
    - porquê uma mulher indígena, mais tapada por colares do que por panos e os seios aparecendo, os homens diziam “que mulher linda”, “que porte lindo” e a nós, mulheres ocidentais éramos chamadas a atenção pelos decotes, mini saias, biquínis mais cavados eramos consideradas despudoradas quando não chamadas de prostitutas?
    - porquê no ballet os dançarinos parecem nus (claro com um collant) e é arte, um beijo mais ousado no cinema já era objeto de corte/censura?
    Nunca recebi resposta que me satisfizesse e, assim cresci e desenvolvi os meus (pre)conceitos.
    O teu desabafo tem todo o sentido, é a hora da sociedade se posicionar e este é um dos canais e bem conduzido por ti (mulher madura, mãe, avó, escritora e professora de adolescentes creio eu, em sua maioria). Se nos calarmos na sequência virão outras, vide exposição do MAM. Há que dialogar e estabelecer as fronteiras. Espero que os teus amigos e blogueiros não se acanhem nem sejam tímidos a abordar estas questões. Da discussão nasce a luz. Estás certa, fala.

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  4. Depois de tudo que foi exposto por você, Graça, sem receio dos que pensam o oposto,só posso agradecer essa profunda análise em meu blog e cumprimentá-la pela arguta reflexão. E então pergunto: por que não reunir essas memórias e buscar uma editora para publicá-las? Seria muito interessante. Para quem publicou o belíssimo "Terra de Minas - Saberes e Sabores de Portugal", isso é muito simples.
    Beijos

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