Li um dia destes uma afirmação do economista, político e
diplomata Roberto Campos que chamou minha atenção. Por ela, ele definia os
integrantes do PT do Sr. Lula (que não chegou a conhecer como presidente porque
o diplomata faleceu em 2001) de uma maneira que me pareceu bastante pertinente.
Segundo ele, “O PT é o partido dos trabalhadores que não trabalham, dos
estudantes que não estudam e dos intelectuais que não pensam.”
E como prova da lógica aí existente basta observar os “trabalhadores”
que vivem em contínuas manifestações nas estradas e nas avenidas, embora nunca
se saiba bem as causas que os levam a atrapalhar o trânsito dos que desejam e
precisam trabalhar todos os dias; dos jovens que incentivados pelos colegas e
professores de esquerda trocam as salas de aula pelas passeatas contra tudo que
não é abrigado pelas bandeiras vermelhas, e intelectuais (e também os artistas)
que odeiam a classe média, como afirmou aos gritos a “filósofa” Marilena Chauí,
para quem quisesse ouvir, sendo que é esta mesma classe que trabalha arduamente
e sustenta o país e também aqueles que nada fazem, como os que vivem de passeatas,
bolsas ou patrocínios do governo.
Assim, Roberto Campos me parece foi um visionário por ver mais
longe e melhor o que seria o Brasil sob um regime petista, mesmo sem
vivenciá-lo, mas ciente do que seriam capazes aqueles dissimulados famintos por
dinheiro se abocanhassem o poder, como ocorreu depois. Hoje, pagamos uma
altíssima conta por não ter buscado impedir que o discurso populista atingisse a
tantos, e com tanta intensidade, pois até agora e depois de expostas as
bilionárias falcatruas perpetradas pelos petralhas, os resquícios dessa força ainda
agem sobre muitos provando assim que a ideologia é como a fé em excesso que, se
não mata, cega os indivíduos.
E essa cegueira pode ser constatada num movimento estranho,
muito estranho, surgido nos últimos dias com uma lista elaborada por artistas
brasileiros, compreendendo em torno de 400 assinaturas, que pede a urgente candidatura
de Lula para 2018. Ou seja, desejam a sua volta triunfante para livrá-lo da
prisão e, então, colocar de novo o país na alta rota do crime organizado e da
propina fácil e abundante.
Acho, porém, que isso não acontecerá, não. Acho que Temer e
Meirelles estão buscando outras metas para o país e é por estas que a maioria
anseia e não pelo retorno de Lula e sua gangue. E acredito que a Lava Jato
certamente agirá antes, concretizando, assim, o sonho dos brasileiros de bem, que
é o de ver Lula a caminho, não do Planalto, mas de Curitiba, pois é lá, bem
próximo de Sérgio Moro, que o canalha-mor do país deve desfrutar seus últimos
dias como farsante inglório deste cenário trágico em que ele nos confinou.
Pertinente e oportuno lembrar Roberto Campos. Acho que está na hora de fazeres um glossário das "verdades alternativas" do mensalão e da lava jato...
ResponderExcluirA ideia, Graça, é interessante, mas não sei se eu seria uma boa indicação. Certamente, não. Beijos, com saudade.
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