Vamos errar de novo?


“Errar é humano”. É uma frase muito repetida sempre que se busca consolar alguém que comete uma falha, pequena ou grave, ainda que, em alguns casos, consideremos essa falha um ato de burrice. Mas vivemos em sociedade e devemos assim agir para que a harmonia tenha continuidade. E também porque um erro cometido hoje poderá nos levar a evitar um outro similar amanhã. Por isso talvez o provérbio siga seu curso no boca a boca cotidiano.

No mundo todo, inúmeros equívocos têm produzido histórias nem sempre com finais felizes, seja no plano pessoal, seja no espaço político ou na área econômica. As escolhas muitas vezes recaem sobre as pessoas erradas e, quase sempre, muitos anos se passam para que essa escolha equivocada possa ser corrigida.

Para se comprovar essa tese, basta observar o desempenho da economia em nosso país nos últimos anos. O Ministro Mantega, sob a batuta da regente Dilma, ignorou todas as advertências de sérios e competentes especialistas dessa área e cometeu as maiores atrocidades com a economia da nação brasileira, colocando o país novamente entre aqueles que apresentam sérios riscos para qualquer investidor de origem interna ou externa. O resultado é que hoje as fábricas estão parando porque ninguém vende nada, porque ninguém compra nada, porque ninguém está conseguindo emprego, porque o país está à beira do caos.

Diante de um quadro negro como esse, e às vésperas da mais importante eleição, surge um elemento desolador para compor a narrativa trágica que já vinha se desenrolando mês a mês no cenário político e econômico do país: o acidente que retirou de cena o candidato Eduardo Campos. A sua lacuna, agora preenchida por Marina Silva, aquela que se diz protegida pela Providência Divina, que quer nos convencer de que foi salva por Deus do acidente para “salvar” o Brasil, hoje em frangalhos após 12 anos do governo petista, um enorme equívoco eleitoral, é a mais nova ameaça para todos os brasileiros.

Como assim? dirão alguns: os mais crédulos, os mais ingênuos. É simples a justificativa. A candidata Marina é cria do PT, sempre militou pelo partido e foi Ministra do ex-Presidente Lula (o que nunca viu nada, o que nunca soube de nada) e só se desligou do governo por atritos com a Ministra, à época, Dilma Rousseff. Foi convidada por Eduardo Campos, contra a vontade do PSB, apenas para trazer votos ao candidato que era consciente de sua derrota agora, mas tinha por objetivo projetar sua imagem e fortalecer sua candidatura às eleições de 2018. Era também o objetivo de Marina, como vice de Eduardo. A queda da aeronave mudou tudo.
Agora, ela é candidata à presidência e as pessoas menos esclarecidas, em geral, acreditam que ela poderá fazer um bom governo e colocar o país nos trilhos. Mas como isso será possível se Marina é a candidata do atraso?!

Senão, vejamos: Marina se projetou com a bandeira da defesa do Meio Ambiente, o que é uma postura correta diante de tantos problemas ambientais; contudo ela tem se mostrado avessa a qualquer projeto econômico que contrarie seus ideais; assim, ela não dará prioridade à economia, tal como o fez Dilma Rousseff e, no momento, é exatamente de um candidato com esse perfil que o Brasil precisa. De alguém com visão clara e estratégica dos problemas que impedem o crescimento do país, que tenha coragem suficiente para tomar medidas impopulares até, se necessário, como fez o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, além da busca do Plano Real com o quê pôs fim à inflação. Após essas medidas prioritárias é que se torna possível atacar os demais problemas, e não tomando-se o caminho oposto.

Marina Silva teria essa coragem e essa competência? Claro que não. Ela é a candidata zen, a pobrezinha que subiu na vida com dificuldades, segundo seu discurso, e quer governar o país com a santidade dos anjos, tal como dizia seu guru político, o “Lulinha , Paz e Amor”, que tanto prometeu. E deu no que deu: roubalheira e mensalão.

Não podemos errar de novo.